Entre os desligados está uma mulher em tratamento contra um câncer no cérebro. Em desespero, ela chegou a apelar para continuar na empresa, mas sem sucesso. Ao portal Notícias da TV, a ex-funcionária relatou ter procurado o sindicato dos jornalistas e um advogado para buscar justiça.

Contratada pela emissora em 2017, ela realiza tratamento contínuo com medicamentos orais desde 2019. Segundo a demitida, a emissora permitiu que ela mantivesse o convênio médico ativo por mais seis meses, decisão que gerou indignação.

“Eles disseram que o SBT não era responsável pelo meu câncer. Só que eu trabalho no SBT desde 2017, e meu câncer no cérebro apareceu em 2019. Eles disseram que não é problema deles. Depois disso, vão tentar ver se podem fazer algum acordo para eu pagar e continuar com ele por mais dois anos”, declarou a funcionária, que pediu para não ser identificada.

A ex-produtora afirmou estar abalada com a situação: “Saí de lá chocada, apavorada. Sabíamos que haveria uma reestruturação desde que o Leandro Cipoloni, ex-Record, foi contratado como novo diretor nacional do setor, em dezembro de 2024.” Ela também relatou mudanças no ambiente de trabalho. “Eles andam gritando no switcher, algo que nunca aconteceu antes. O clima é de tristeza e muita tensão.”

A ex-funcionária destacou ainda que já trabalhou em outras emissoras, como a Record, mas nunca enfrentou situações como nos últimos meses no SBT. “Eles estão querendo colocar esse esquema de terror no SBT, e o SBT nunca foi assim, nunca teve isso. Minha demissão não é ilegal, mas é imoral. Eu nunca vi nada igual. Eles mandaram embora também uma menina que o irmão dela está em estágio terminal de câncer”, conclui.