Giovana Cordeiro revelou que, aos 18 anos, foi vítima de abuso sexual por um ex-colega de trabalho durante uma carona que aceitou. Em entrevista ao jornal O Globo, ela relatou que cochilou no carro dele e só acordou na garagem da casa do rapaz, um local totalmente desconhecido para ela. Tomada por medo, Giovana decidiu passar a noite na residência, acreditando que seria mais seguro.

Entretanto, o colega persistiu até que manteve relações íntimas com ela, sem seu consentimento: “ele não me deixava cair no sono, ficou insistindo e fez sexo comigo sem o meu consentimento”. A atriz descreveu a sensação como um terror, temendo ser agredida de novo. Somente cinco anos após o ocorrido, Giovana percebeu que havia sido estuprada — um entendimento que veio acompanhado de uma infecção recorrente e de um profundo sentimento de culpa corporal.

Ela refletiu que “era como se o meu corpo quisesse me punir ou me alertar para uma necessidade de cura de uma culpa que eu não tinha”. Em diversas entrevistas anteriores, como à Vogue e à Marie Claire, Giovana falou sobre situações de assédio sofridas no início da carreira, lembrando de quando tinha apenas 12 anos, quando sofreu uma tentativa de estupro, e de episódios em que homens insistiam em contato físico sem permissão em festas e no ambiente de trabalho.

Ela destacou que, ao amadurecer e se envolver com o movimento feminista, aprendeu a impor limites e a buscar apoio, seja com segurança, polícia ou redes de proteção. Formada em artes cênicas, com trajetória iniciada na infância e primeiros papéis de destaque em Rock Story e Verão 90, Giovana transformou seu perfil artístico ao se posicionar como voz ativa contra machismo e violência de gênero.