Hytalo Santos é proibido de se aproximar de menores em nova investigação
O processo, que começou ainda em 2024, conta com a atuação conjunta do Ministério Público, da Polícia Civil e do Ministério Público do Trabalho, mas ganhou visibilidade nacional após um vídeo do youtuber Felca.

No dia 12 de agosto de 2025, a Justiça da Paraíba determinou que o influenciador Hytalo Santos não poderá ter qualquer contato com menores de idade que aparecem em seus vídeos. A medida, concedida por meio de uma liminar, também ordena o bloqueio imediato de todos os seus perfis nas redes sociais e a suspensão da monetização dos conteúdos.
A decisão atende a um pedido do Ministério Público da Paraíba, feito pela promotora Ana Maria França, no âmbito de uma ação civil pública instaurada após denúncias de moradores do condomínio onde Hytalo residia. Entre as acusações estão a presença de menores em situações com conotação sensível, consumo de bebidas alcoólicas, barulho excessivo e gravações realizadas durante a madrugada.
O caso ganhou maior repercussão nacional depois que o youtuber Felca publicou um vídeo acusando Hytalo de promover a adultização infantil, expondo crianças e adolescentes em contextos sexuais para gerar engajamento e lucro. A denúncia provocou um intenso debate público e levou à criação de um grupo de trabalho na Câmara dos Deputados para discutir medidas de combate à sexualização de menores nas redes sociais.
Além das sanções contra o influenciador, a Justiça recomendou que, no prazo de 48 horas, a empresa Fartura de Prêmios tenha sua autorização para realizar sorteios e rifas suspensa, uma vez que esses eventos eram divulgados em parceria com Hytalo. O influenciador nega as acusações, mas as investigações continuam em andamento e têm como base possíveis violações ao Estatuto da Criança e do Adolescente.
O processo, que começou ainda em 2024, conta com a atuação conjunta do Ministério Público, da Polícia Civil e do Ministério Público do Trabalho. As autoridades também buscam responsabilizar empresas e plataformas que lucraram com os conteúdos agora bloqueados. Enquanto isso, a repercussão do caso segue intensa nas redes sociais, com milhares de internautas criticando a postura do influenciador e cobrando punições mais severas para casos semelhantes, que levantam preocupações sobre os limites éticos e legais na produção de conteúdo digital.