Joelma se manifestou publicamente após ter sido processada por dois fãs que pedem quase R$ 60 mil em razão do cancelamento do cruzeiro “Isso é Calypso em Alto Mar“, inicialmente previsto para ocorrer entre 28 de novembro e 1º de dezembro de 2024. A ação, movida na Justiça do Estado do Pará, alega que os admiradores da artista não receberam o reembolso dos valores pagos mesmo após o cancelamento oficial do evento, anunciado em outubro de 2023. Além do reembolso, os autores pedem também indenizações por danos morais, totalizando R$ 58.990,14.

Os fãs afirmam que, apesar da desistência do cruzeiro, o valor investido — cerca de R$ 21.295,20 — jamais foi restituído. Eles solicitam na Justiça o ressarcimento em dobro, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor, além de R$ 18 mil de indenização por danos morais para cada um. A peça jurídica, divulgada pelo colunista Peterson Renato, sustenta que Joelma participou ativamente da divulgação do evento, promovendo o cruzeiro em shows, entrevistas, redes sociais e até nos intervalos de suas apresentações, por meio de anúncios feitos por membros de sua equipe.

Diante das acusações, a artista divulgou uma nota oficial por meio de seu advogado Leonardo Dias, representante do escritório Urbano Vitalino Advogados, afirmando que ela própria também foi vítima da situação. Segundo a defesa, Joelma não teve envolvimento com a organização ou a venda de pacotes do cruzeiro e, inclusive, está arcando com prejuízos financeiros significativos após o desaparecimento do verdadeiro responsável pelo projeto. A nota destaca que a cantora lamenta profundamente os transtornos causados aos fãs e que tem adotado todas as medidas possíveis para protegê-los.

O comunicado também revela que a equipe jurídica da artista já entrou com ações judiciais contra os organizadores do cruzeiro e conseguiu decisões favoráveis. Além disso, Joelma estaria pessoalmente reembolsando fãs que entraram em contato diretamente com seu escritório, desde que apresentem comprovantes dos valores pagos.

Apesar de alegar não ter responsabilidade direta, Joelma é citada na ação ao lado da JMusic Editora e Produções Artísticas, empresa ligada à artista, e da agência Murai Viagens e Turismo Ltda, responsável pela venda dos pacotes. Os autores do processo argumentam que a forte associação da imagem da cantora ao evento alimentou a confiança dos consumidores, levando muitos a investir altos valores na expectativa de participar do cruzeiro temático.