Jojo Todynho tornou-se alvo de processo movido pelo Partido dos Trabalhadores (PT) depois de afirmar, em uma entrevista ao podcast Brasil Paralelo em novembro de 2024, que teria recebido uma proposta de R$ 1,5 milhão para fazer campanha em favor de Lula nas eleições de 2022 — oferta que ela afirma ter rejeitado. O PT negou categoricamente a acusação, alegando que não houve qualquer pagamento e acusando a cantora de propagar informações falsas.

Segundo informações divulgadas pela coluna de Fábia Oliveira, em setembro de 2025 ocorreu a primeira audiência de conciliação entre Jojo Todynho e o PT no Rio de Janeiro. Durante o encontro, o PT propôs que Jojo se retratasse publicamente — gravando vídeo a ser mantido em suas redes sociais por, por exemplo, 30 dias — em troca de encerrar a ação. Jojo, porém, recusou esse acordo, alegando que sua fala não configura difamação pois não menciona pessoa ou representante definido e que não haveria “sujeito determinado” na frase “me ofereceram um milhão e meio”, defendendo portanto uma autoincriminação do PT ao se incluir na fala.

Na visão da defesa de Jojo, a petição inicial do PT é “inepta” ou “inoperante”, já que, segundo seus advogados, não cumpre requisitos legais essenciais para difamação: deve haver indicação de fato concreto, pessoa específica e imputação de conduta ofensiva. Jojo também afirmou nas redes sociais que não tem obrigação de “mostrar provas para o público” e criticou pedidos de seguidores por evidências.

Além disso, a defesa sustentou que existe uma contradição no PT agir judicialmente quando, segundo eles, o partido mantém práticas similares: redes de influenciadores pagas para propagar agendas políticas, acusando o PT de hipocrisia. Ou seja, alegam, isso já seria algo público e institucionalizado, tornando menos clara a acusação contra Jojo. O processo seguirá seu curso, já que não houve conciliação entre as partes.