Juíza de caso Deolane é condenada por dívida em leilão
Andréa Calado foi condenada a indenizar proprietários de um apartamento após ocupá-lo irregularmente

A juíza Andréa Calado da Cruz, conhecida por sua atuação na Operação Integration, foi condenada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) a pagar uma dívida referente à ocupação irregular de um apartamento de alto padrão no bairro de Boa Viagem, localizado na Zona Sul do Recife. A condenação inclui valores devidos por aluguel e uma indenização pelo uso do imóvel.
A decisão judicial foi proferida em agosto de 2022 e se tornou definitiva. No momento, o processo encontra-se em fase de cumprimento de sentença, com o valor da dívida calculado em R$ 261,8 mil. O prazo para o pagamento venceu na última sexta-feira (25), e agora, os bens da juíza estão sujeitos a penhora.
A juíza, que recentemente chamou atenção ao determinar o bloqueio de bens e a prisão de figuras como o cantor Gusttavo Lima e a influenciadora Deolane Bezerra em um caso de suspeita de lavagem de dinheiro, está envolvida nesse processo desde que deixou de pagar um financiamento relacionado ao apartamento, localizado na Rua Luís de Farias Barbosa.
Após falhar no pagamento de R$ 300 mil como entrada e de mais R$ 800 mil parcelados, o imóvel foi leiloado e arrematado por novos proprietários pelo valor de R$ 966 mil, em dezembro de 2021. No entanto, a juíza se recusou a desocupar o imóvel, permanecendo nele até ser despejada.
No processo, os novos proprietários argumentaram que Andréa Calado continuou utilizando o imóvel sem cobrir custos como IPTU, condomínio e a taxa de ocupação da Marinha, apesar das tentativas de resolver a situação de forma amigável antes de recorrer à Justiça. A Justiça então determinou que ela quitasse o débito até o dia 25 de outubro. Em seu despacho, o juiz autorizou a penhora dos bens da juíza caso a dívida não fosse paga ou contestada.
Na quinta-feira passada (24), um dia antes do vencimento do prazo, a juíza trocou de advogado e solicitou que o prazo de pagamento fosse prorrogado para permitir que o novo representante pudesse revisar os detalhes do caso. O pedido foi negado pela Justiça.