Juju Salimeni voltou a comentar publicamente sobre o que viveu nos bastidores do antigo programa Pânico na TV, revelando que sofreu abuso psicológico, injustiças funcionais e humilhações que deixaram marcas profundas em sua saúde mental. As declarações mais recentes foram feitas em seu podcast Podshape, apresentado por Mirella Santos e Wellington Muniz, o Ceará.

Segundo Juju, foi afastada de forma arbitrária pelo diretor na época, Alan Rapp, sem aviso prévio ou prazo definido para retorno. Ela diz que, durante esse período de incerteza, passou por crises de ansiedade, não conseguia se programar — perguntava se voltaria ao programa em determinado domingo, e recebia respostas vagamente evasivas: “não sei”, “tempo indeterminado”. Para ela, esse tipo de atitude configura assédio psicológico, uma vez que mexe diretamente com o emocional da pessoa.

Além desse episódio de afastamento, Juju relatou, em diversas ocasiões anteriores, que sua passagem pelo Pânico foi marcada por pressão constante e um ambiente hostil para as mais jovens assistentes de palco. Ela contou que, além do assédio moral frequente – com brincadeiras que a humilhavam publicamente –, havia intolerância religiosa (ela é umbandista) e um machismo explícito.

Em entrevistas antigas, Juju reconheceu que na época não tinha a noção exata de tudo aquilo que sofria, mas hoje enxerga parte de suas vivências como abuso psicológico total. Também ressaltou que as exigências de estar sempre perfeita, bem apresentada, disposta para participar de quadros, de eventos, etc., pesavam muito — e que nem sempre existia espaço para expressar frustrações ou receios.