O imbróglio judicial envolvendo o espólio de Roberto Carlos Braga II, o Dudu Braga, filho do cantor Roberto Carlos, ganhou um novo capítulo. Morto em setembro de 2021, vítima de um câncer irreversível no peritônio, o produtor musical deixou lembranças de sua carreira e também pendências financeiras que agora recaem sobre seu patrimônio. Uma delas diz respeito a uma ação movida pelo Condomínio Edifício Itamira, em São Paulo, que cobra o pagamento de cotas condominiais não quitadas.

Quem expõe a notícia a público é a coluna de Daniel Nascimento, do O DIA, que afirma que a dívida, que inicialmente era de aproximadamente R$ 60 mil, cresceu consideravelmente com a incidência de juros, correção monetária, custas processuais e honorários advocatícios, ultrapassando a marca de R$ 127 mil. Como não houve apresentação de defesa no prazo legal, a Justiça decretou a revelia no processo e determinou a condenação do espólio.

Na sequência, foi autorizado o bloqueio de valores em contas bancárias ligadas ao nome de Dudu, mas o resultado foi quase nulo: apenas R$ 63,53 foram encontrados e transferidos para a conta judicial, quantia irrisória diante do montante devido. Diante da dificuldade em recuperar o crédito por meio das contas, o juiz também ordenou que o condomínio apresentasse a matrícula atualizada do imóvel vinculado ao nome de Dudu Braga.

A medida abre espaço para que o bem seja penhorado e utilizado como forma de garantir o pagamento da dívida. Vale lembrar que, legalmente, herdeiros não respondem com patrimônio próprio pelas dívidas do falecido, mas o espólio — ou seja, os bens deixados pela pessoa — pode ser usado para a quitação de pendências, como acontece nesse caso.