Leonardo toma atitude e indenização trabalhadores após escândalo da Lista Suja
Após argumentar desconhecimento sobre as condições de trabalho de seus empregados, Leonardo os indeniza em R$ 225 mil

Seis trabalhadores que foram resgatados de condições análogas à escravidão receberam uma indenização de R$ 225 mil do cantor Leonardo, conforme o acordo firmado entre a Defensoria Pública da União (DPU), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o artista.
Eles trabalhavam em uma fazenda do cantor, localizada em Jussara, Goiás. Segundo a defesa de Leonardo, além da indenização, ele também pagou uma multa no valor de R$ 94.063,24. As informações foram divulgadas pelo g1. O advogado Paulo Vaz explicou ao g1: “Nós resolvemos todos os problemas da fazenda, mesmo estando arrendada. Foram pagas todas as indenizações a essas pessoas e nós aceitamos o acordo proposto pelo Ministério Público”.
Após a repercussão do caso, o cantor declarou que não tinha conhecimento da situação até ser notificado, pois a área da fazenda estava arrendada para outra pessoa, que não foi localizada para comentar o ocorrido.
Cantor Leonardo é acusado de submeter funcionários a trabalho análogo à escravidão
Incluído na “Lista Suja” do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o cantor e compositor sertanejo Leonardo é acusado de violar leis trabalhistas e submeter seus funcionários a condições de trabalho análogas à escravidão. O nome do artista, Emival Eterno da Costa, aparece na lista junto com mais de 176 nomes de grandes empresas e empresários acusados de práticas semelhantes.
Avaliada em R$ 60 milhões, a famosa Fazenda Talismã, localizada no município de Jussara (GO), a cerca de 220 quilômetros de Goiânia, está registrada no nome de seis trabalhadores, além do próprio Leonardo, que gerencia a propriedade.
Durante uma fiscalização realizada em novembro de 2023, foram encontrados trabalhadores em condições degradantes, caracterizadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego como “escravidão contemporânea”. O relatório detalha a situação crítica em que os trabalhadores se encontravam.
Eles estavam alojados em uma casa abandonada, sem encanamento, água potável, energia elétrica ou banheiro. As camas eram improvisadas, e os trabalhadores utilizavam tábuas de madeira e galões de agrotóxicos como colchões. O ambiente era insalubre, com um forte mau cheiro e a presença de insetos e morcegos. Apesar da gravidade da situação, Leonardo, dono da fazenda, ainda não se manifestou sobre o caso, embora esteja sob pressão para prestar esclarecimentos.
