O cantor sertanejo Leonardo voltou ao centro de uma polêmica judicial, após ser processado mais uma vez pelo empresário e ex-vereador de Jaboticabal (SP), Jan Nicolau Baaklini. A disputa judicial entre os dois, iniciada ainda em 2006, ganhou um novo capítulo neste mês de abril de 2025, quando Jan decidiu ingressar com uma nova ação por danos morais contra o artista — desta vez, envolvendo também o Google como co-réu.

Tudo começou há quase duas décadas, quando Leonardo, durante uma participação no extinto “Domingão do Faustão”, usou o espaço ao vivo na TV Globo para acusar Jan de calote na contratação de um show. Na ocasião, o sertanejo afirmou em rede nacional que o então vereador havia emitido cheques sem fundo para cobrir o evento, dizendo inclusive: “Ô Jean, manda meu dinheiro, safado”. A frase ficou marcada e reverberou por anos.

No entanto, a acusação era infundada. Posteriormente, foi provado judicialmente que Jan não era o responsável pelos pagamentos do evento — ele apenas apoiava a produção cultural. O verdadeiro contratante era Jean Marcelo Veronezzi, e a semelhança entre os nomes levou à confusão. Após a comprovação do erro, Leonardo chegou a se retratar publicamente, durante um show, reconhecendo que havia cometido um engano. A Justiça condenou o cantor, junto à TV Globo e ao apresentador Fausto Silva, a pagar uma indenização de R$ 200 mil por danos morais ao empresário.

Apesar disso, o caso voltou à tona recentemente, quando Leonardo relembrou o episódio em entrevistas e aparições em podcasts, trazendo novamente à luz a história já desmentida. Para Jan Nicolau, essa reiteração pública das acusações antigas reabriu feridas e reacendeu uma onda de desinformação que o persegue desde os tempos em que ocupava um cargo público.

Em sua nova ação, protocolada em 3 de abril de 2025, ele pede uma nova indenização por danos morais, argumentando que foi novamente exposto e difamado em grande escala. Além de Leonardo, a ação também tem como réu o Google, plataforma que, segundo o empresário, continua hospedando e facilitando a disseminação de conteúdos enganosos e difamatórios.

A defesa de Jan alega que tanto o cantor quanto a gigante da internet devem ser responsabilizados: o primeiro por reviver publicamente uma acusação já judicialmente desmentida; o segundo por não coibir a circulação de informações falsas mesmo após decisões judiciais.