A atuação do jovem pregador Miguel Oliveira, de 15 anos, conhecido como “pastor mirim“, tem gerado intensos debates no meio evangélico brasileiro. Recentemente, o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, expressou críticas ao adolescente. Em declarações públicas, Malafaia afirmou que Miguel é “inteligente”, mas o classificou como uma “farsa”, sugerindo que o jovem está manipulando fiéis e que suas pregações não são manifestações espirituais genuínas.

Malafaia destacou que, embora acredite nos dons espirituais, considera que Miguel apenas imita comportamentos de pregadores mais experientes, sem possuir uma unção verdadeira. “Isso aí ele aprendeu com gente mais velha, de ver gente mais velha fazer. E tá repetindo porque é um garoto de inteligência aguçada”, afirmou o pastor. Ele também expressou preocupação com o uso do adolescente para enganar fiéis, lamentando que Miguel esteja sendo utilizado para fins questionáveis.

Outro líder religioso, o pastor Flávio Amaral, do ministério Libertos por Deus, também criticou duramente Miguel Oliveira. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Amaral chamou o jovem de “aprendiz de feiticeiro” e questionou a autenticidade de seu ministério. Ele alegou que os cachês cobrados por Miguel, que variam entre R$ 5 mil e R$ 10 mil por evento, indicam uma motivação comercial, desafiando o adolescente a pregar sem cobrar cachê, apenas com as despesas de viagem pagas.

Diante das controvérsias, o Conselho Tutelar decidiu proibir Miguel Oliveira de realizar pregações em igrejas evangélicas. A medida foi tomada após uma reunião entre representantes do órgão, os pais do jovem e o pastor Marcinho Silva, líder da Assembleia de Deus Avivamento Profético, onde Miguel costumava pregar. A decisão visa proteger o adolescente e garantir que ele não seja explorado ou exposto a situações inadequadas para sua idade.