O apresentador Marcos Mion enfrentou uma onda de críticas nas redes sociais após comentar a condenação do humorista Léo Lins, sentenciado a oito anos e três meses de prisão por discursos considerados preconceituosos em seu show “Perturbador”, apresentado em 2022 e divulgado no YouTube.

Em uma publicação no Instagram, Mion descreveu Léo Lins como um “excelente humorista” e expressou preocupação com o que considerou uma possível censura: “Condená-lo à prisão por uma ‘piada’ não faz nenhum sentido”. Ele destacou que, embora discorde do estilo de humor adotado por Lins, acredita que a punição criminal é uma medida extrema.

A reação do público foi imediata, com muitos internautas lembrando que Mion é pai de uma criança com autismo, grupo que já foi alvo de piadas de Léo Lins. Diante da repercussão negativa, o apresentador apagou a postagem e limitou os comentários em suas redes sociais.

Posteriormente, Mion esclareceu sua posição, afirmando que não apoia o conteúdo das piadas de Léo Lins e que sua crítica se direcionava à condenação criminal do humorista, não ao repúdio das falas ofensivas: “Escrevi que discordo e não respeito o que ele faz. Que o que ele escreve é merda e já falei isso brigando com ele nas redes. Quando não faz esse tipo de humor, ele tem muita criatividade! Isso é um fato. Em nenhum momento falei que esses absurdos são a genialidade dele. É só ler o que escrevi” disse.

A condenação de Léo Lins gerou debates sobre os limites da liberdade de expressão e o papel do humor na sociedade. Enquanto alguns defendem que piadas ofensivas devem ser combatidas judicialmente, outros argumentam que a censura pode abrir precedentes perigosos para a liberdade artística. O caso continua a repercutir.