Mulher de MC Poze é alvo de investigação contra lavagem de dinheiro do CV
Além de Vivi Noronha, a operação também mira outros envolvidos no esquema financeiro da facção, incluindo um indivíduo procurado pelo FBI por lavar dinheiro para o grupo terrorista Al-Qaeda.

Na manhã desta terça-feira (3), a influenciadora digital Viviane Noronha, conhecida como Vivi Noronha e esposa do cantor de funk MC Poze do Rodo, tornou-se alvo de uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro. A ação visa desmantelar um esquema de lavagem de dinheiro vinculado à facção criminosa Comando Vermelho (CV), que teria movimentado mais de R$ 250 milhões provenientes do tráfico de drogas e aquisição de armamentos de uso restrito.
De acordo com as investigações conduzidas pelas delegacias especializadas, Vivi e sua empresa figuram como beneficiárias diretas de recursos ilícitos oriundos da facção, recebidos por meio de pessoas interpostas, conhecidas como “laranjas”. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou transferências que somam quase R$ 1 milhão para as contas pessoal e empresarial da influenciadora.
A operação ocorre menos de 24 horas após a Justiça conceder habeas corpus a MC Poze do Rodo, que havia sido preso na última quinta-feira (29) por suspeita de apologia ao crime e envolvimento com o tráfico de drogas. Apesar da soltura, o cantor deverá cumprir medidas cautelares, como comparecimento mensal ao juízo e proibição de manter contato com investigados ligados ao Comando Vermelho.
O esquema de lavagem de dinheiro investigado era operado por Fhillip da Silva Gregório, conhecido como “Professor”, líder do tráfico na comunidade Fazendinha, no Complexo do Alemão. Ele estava foragido desde 2018 e era responsável pelo controle de compras de fuzis para o Comando Vermelho. “Professor” morreu no último domingo (1º) após ser baleado na cabeça; a principal hipótese é de que tenha tirado a própria vida após uma briga com a amante.
Além de Vivi Noronha, a operação também mira outros envolvidos no esquema financeiro da facção, incluindo um indivíduo procurado pelo FBI por lavar dinheiro para o grupo terrorista Al-Qaeda. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços no Rio de Janeiro e em São Paulo, e a Justiça determinou o bloqueio de 35 contas bancárias.