Oruam critica PL que proíbe músicas com apologia ao crime
O novo projeto de lei propõe a proibição de músicas e videoclipes com letras e coreografias que façam apologia ao crime

Oruam, filho de Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho, recentemente se pronunciou sobre o projeto de lei apelidado de “anti-Oruam“. Essa proposta visa proibir músicas que promovam crime, drogas ou sexo em eventos públicos destinados a crianças e adolescentes, especialmente em escolas.
Em suas redes sociais, Oruam destacou que gêneros como rap, funk e trap frequentemente enfrentam tentativas de criminalização. Ele afirmou: “Coincidentemente, o universo fez um filho de traficante fazer sucesso. Eles encontraram a oportunidade perfeita para isso, virei pauta política. Mas, o que vocês não entendem, é que a lei ‘anti-Oruam’ não ataca só o Oruam, mas todos artistas da cena”.
O projeto foi protocolado na Assembleia Legislativa de São Paulo e em outras 12 capitais do Brasil. Ele propõe a proibição de músicas e videoclipes com letras e coreografias que façam apologia ao crime, uso de drogas ou conteúdo sexual em instituições de ensino públicas e privadas. As punições incluem sanções para funcionários que descumprirem a lei e multas que variam de dois a dez salários mínimos.
A vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil-SP) mencionou nas redes sociais que, embora o projeto não cite diretamente o nome do cantor, ele ficou conhecido como lei “anti-Oruam” devido às temáticas presentes nas músicas do artista e a popularidade do cantor.
Oruam também compartilhou uma mensagem do ex-vereador de São Gonçalo (RJ), Romario Regis, que criticou o projeto, concordando com o cantor: “Esse tipo de proposta é absolutamente sensacionalista. Não tem nenhum efeito prático na gestão pública e se baseia em uma discussão moral hipócrita da sociedade”.