O rapper Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, está no centro de duas investigações distintas que colocam seu nome em rota de colisão com o Ministério Público. Conhecido tanto por sua ascensão no cenário do trap nacional quanto por envolvimentos polêmicos, o artista agora lida com questões que podem comprometer sua liberdade e patrimônio.

O caso mais recente ocorreu no dia 26 de fevereiro de 2025, quando a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu o foragido Yuri Lima Pereira Gonçalves — também conhecido como “Pará” — dentro da mansão de Oruam, localizada no Joá, Zona Oeste da capital fluminense. Yuri, que era procurado por envolvimento com uma organização criminosa especializada em roubos de celulares e extorsões, foi encontrado em posse de uma pistola calibre 9mm com kit-rajada, cuja propriedade ele assumiu no ato da prisão.

Apesar de Yuri ter se responsabilizado pela arma, a simples presença dele na residência do cantor acendeu o alerta das autoridades. De acordo com documentos obtidos pela imprensa, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) já apresentou denúncia formal contra Yuri por posse ilegal de arma de fogo. No entanto, o nome de Oruam também passou a ser avaliado como potencial colaborador na ocultação do criminoso foragido — algo que, se confirmado, pode levá-lo a responder por favorecimento pessoal ou até associação criminosa.

O MPRJ não descarta aprofundar a apuração sobre a eventual participação de Oruam na permanência de Yuri no imóvel. Em trecho da denúncia, há menção explícita à possibilidade de manifestação futura quanto à conduta do artista. Além disso, a promotora de Justiça do caso solicitou acesso aos autos de outro processo em que o nome do cantor já aparece como investigado.