Polêmica sobre plágio entre Adele e compositor brasileiro pode ter reviravolta
Representantes da cantora inglesa são acusados de falsificação

A disputa entre a cantora Adele e o compositor brasileiro Toninho Geraes continua gerando desdobramentos. Segundo o portal LeoDias, após uma audiência de conciliação frustrada em 2024, o advogado de Toninho desconfia que os representantes da cantora britânica possam ser falsos. Por isso, a defesa busca evitar que o processo de plágio seja totalmente anulado.
A suspeita surgiu devido a divergências nas assinaturas das procurações usadas na reunião de 19 de dezembro. A equipe jurídica de Toninho também registrou uma notícia-crime contra os supostos representantes de Adele por falsidade ideológica. Além das assinaturas, os locais onde elas foram feitas também apresentariam indícios de adulteração.
O próximo passo da defesa foi pedir a anulação das ações realizadas pelos representantes de Adele. Caso a falsidade seja comprovada, isso pode invalidar todo o processo de plágio iniciado no ano passado.
“Se as assinaturas não forem de Adele, Greg Kurstin e da gravadora Beggars, essas partes nem sequer estão habilitadas no processo. Os verdadeiros representantes precisariam ser formalmente citados. Caso o processo siga com essas irregularidades, eles poderiam, a qualquer momento, alegar desconhecimento dos fatos e pedir a anulação”, explicou Fredímio Biasatto, advogado de Toninho, ao portal LeoDias.
Com o pedido de nulidade, tudo o que foi feito pelos possíveis falsos representantes seria invalidado, incluindo a reunião de conciliação solicitada em 17 de dezembro de 2024. Segundo o advogado, essa medida é uma precaução para evitar que o processo seja anulado por completo.
Adele foi acusada por Toninho Geraes de plagiar a música “Mulheres”, famosa na voz de Martinho da Vila. Por determinação do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a canção “Million Years Ago”, de Adele, está proibida de ser reproduzida ou comercializada no Brasil e no exterior sem autorização de Toninho, sob pena de multa de R$ 50 mil. No entanto, a cantora ainda pode recorrer da decisão.