Presidente da Universal Music vira réu por sequestro e cárcere privado de ex
Até o momento, Paulo Lima e sua defesa não se manifestaram publicamente sobre as acusações.

Paulo Lima, presidente da Universal Music Brasil, enfrenta acusações graves por supostamente orquestrar a internação involuntária de sua ex-esposa, a escritora Helena Lahis, em 2019. Em outubro de 2019, após solicitar o divórcio, Helena foi surpreendida em sua residência por uma médica psiquiatra, acompanhada de dois enfermeiros, que a informaram sobre sua internação iminente em uma clínica psiquiátrica localizada em Botafogo, Rio de Janeiro.
A escritora alega que foi levada contra sua vontade e mantida na instituição por 22 dias, sem comunicação externa. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou Paulo Lima pelos crimes de cárcere privado e invasão de dispositivo informático, acusando-o de acessar indevidamente os e-mails de Helena. Além dele, a médica responsável pela internação, Maria Antonia Serra Pinheiro, também foi denunciada por sua participação no episódio.
Após o divórcio, formalizado em dezembro de 2019, ela precisou vender seu apartamento para arcar com despesas legais e atualmente reside no mesmo local onde funciona sua editora. Helena descreve a experiência como um ataque à sua dignidade e capacidade profissional, ressaltando o trauma de ter sido mantida incomunicável durante o período de internação.
Até o momento, Paulo Lima e sua defesa não se manifestaram publicamente sobre as acusações. A médica Maria Antonia Serra Pinheiro, por sua vez, afirmou que sugeriu a internação de Helena baseada em relatos da família, sem apresentar laudo médico formal que justificasse a medida.