Nego Di é acusado de envolvimento em um esquema que resultou no não envio de produtos comprados por clientes no site Tadizuera. Junto com ele, Anderson Boneti, seu sócio, também responde pelos crimes. De acordo com o Tribunal de Justiça, ambos teriam enganado mais de 370 pessoas entre março e julho de 2022.

A prisão do humorista ocorreu em 14 de julho, quando a Polícia Civil do Rio Grande do Sul o deteve na praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis (SC), por suspeita de envolvimento em um suposto esquema de estelionato ligado a uma loja virtual acusada de prejudicar consumidores.

A defesa de Nego Di acredita que sua soltura permitiria que ele quitasse as dívidas pendentes. Segundo sua advogada, Tatiana Borsa, a libertação do humorista seria crucial para que ele pudesse indenizar todas as vítimas lesadas. Ela destacou que Nego Di é um trabalhador e que a equipe está esperançosa de que ele seja solto. De acordo com ela, ele jamais teria prejudicado seus seguidores, e a responsabilidade pelos atos seria de seu sócio, Anderson.

A advogada também mencionou que Nego Di já ressarciu várias vítimas e que algumas dessas pessoas serão testemunhas de defesa na audiência de instrução e julgamento. No total, são 19 vítimas, com prejuízos somando aproximadamente R$ 300 mil. No entanto, os bens do humorista, incluindo dois carros e mais de R$ 1,7 milhão, estão bloqueados, o que está impedindo que ele pague todas as dívidas.

A data da audiência de instrução e julgamento do influencer já está confirmada pela justiã para os dias 17 e 18, onde serão ouvidas as testemunhas de acusação, as vítimas e também as testemunhas de defesa. Na ocasião, haverá ainda o interrogatório dos réus, incluindo Nego Di e seu sócio.