Psicóloga entrevistada por Felca é ameaçada de morte e desabafa
A psicóloga disse que decidiu tornar as ameaças públicas após conversar com o marido, que a incentivou a denunciar.

O vídeo publicado por Felca, em que o youtuber denuncia a adultização de crianças nas redes sociais e que acabou servindo de base para a prisão do influenciador Hytalo Santos, continua gerando forte repercussão. Neste domingo, 31 de agosto de 2025, a psicóloga Ana Beatriz Chamat, que aparece na gravação, revelou em entrevista ao Fantástico que passou a ser alvo de ameaças desde que o material viralizou.
Especialista em infância, adolescência e parentalidade, Ana Beatriz explicou no vídeo de Felca como a exposição precoce ao ambiente digital pode ter consequências graves e duradouras no desenvolvimento de crianças e adolescentes. Desde então, no entanto, passou a viver sob pressão e intimidação semelhantes às sofridas pelo próprio youtuber.
Segundo contou, as primeiras mensagens ameaçadoras chegaram poucos dias após a publicação do vídeo, e o teor delas a fez temer pela própria integridade e pela segurança de seus familiares. “É você pensar se na sua rotina você está seguro, se a sua casa é segura, se o seu trabalho está seguro. Recebi ameaças de morte, de violência sexual, psicológica e física, dirigidas a mim e também a pessoas da minha família”, relatou.
A psicóloga disse que decidiu tornar as ameaças públicas após conversar com o marido, que a incentivou a denunciar o caso à polícia. “Foi uma decisão familiar. Eu estaria mais segura em denunciar do que em ficar em silêncio. Foi meu marido quem procurou a doutora Lisandrea Salvariego Colabuono, delegada da Polícia Civil responsável por investigar as ameaças contra o Felca”, afirmou.
O caso de Ana Beatriz soma-se ao do próprio criador de conteúdo, que também relatou ter recebido ofensas e intimidações depois da publicação do vídeo “Adultização”, lançado em 6 de agosto e que já ultrapassou 40 milhões de visualizações. A gravação desencadeou uma onda de investigações contra influenciadores e pressionou redes sociais a se posicionarem sobre conteúdos de exploração e sexualização de menores.