O fisiculturista e influenciador Renato Cariani gerou repercussão ao contestar declarações de Virginia Fonseca sobre o uso de anabolizantes. Em entrevista ao colunista Leo Dias, durante sua coroação como Rainha de Bateria da Acadêmicos do Grande Rio, a influenciadora negou que tenha recorrido a esse tipo de substância para manter sua forma física.

Segundo Virginia, ela nunca tomou “bomba”, embora tenha brincado que não descarta a possibilidade, já que “é tudo Carnaval”. Apesar da negativa, a influenciadora admitiu ter utilizado o chamado “chip da beleza”, um implante hormonal que libera substâncias como testosterona e gestrinona no organismo. Ela reconheceu, inclusive, que sua voz se tornou mais grave ao longo do tempo em razão do procedimento, mas afirmou que o chip venceu e que ainda não decidiu se fará a reposição.

Para Cariani, no entanto, o discurso de Virginia gera uma percepção equivocada de naturalidade. Em vídeos publicados nas redes sociais, ele explicou que tanto a testosterona quanto a gestrinona são hormônios esteróides, e que o uso de implantes com essas substâncias não pode ser considerado algo “natural”. Segundo ele, talvez Virginia não tenha plena consciência de que, mesmo em doses fisiológicas, esses compostos ainda são anabolizantes.

O chamado “chip da beleza” consiste em um implante subcutâneo que libera gradualmente hormônios associados a efeitos estéticos, como perda de gordura, ganho de massa muscular e até melhora da pele. No entanto, o procedimento é cercado de controvérsias médicas. Especialistas alertam que ele pode provocar efeitos colaterais graves, entre eles alterações na voz, crescimento excessivo de pelos, acne, problemas cardíacos e riscos de acidentes vasculares.

O Conselho Federal de Medicina já havia proibido o uso de terapias hormonais com finalidade estética ou esportiva por falta de comprovação científica de segurança e eficácia. Em outubro de 2024, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu um passo ainda mais duro e suspendeu a manipulação, comercialização, propaganda e uso dos implantes hormonais popularmente chamados de “chip da beleza”.