Trump fala em perdão presidencial a P. Diddy após acusações de tráfico sexual; entenda
A relação pessoal entre Trump e P. Diddy remonta aos anos 1990 e início dos anos 2000.

Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, está considerando seriamente conceder um perdão presidencial ao músico e empresário Sean “Diddy” Combs, recentemente condenado por dois crimes federais relacionados ao transporte de pessoas para fins de prostituição. A punição pode chegar a até 20 anos de prisão, embora Diddy tenha sido inocentado das acusações mais graves, como tráfico sexual e conspiração de organização criminosa. Sua sentença está marcada para 3 de outubro de 2025.
Segundo fontes próximas à administração, o tema do perdão avançou de meras especulações para discussões reais dentro da Casa Branca. Apesar da equipe jurídica de Diddy não estar diretamente envolvida na iniciativa, aliados e familiares teriam se aproximado de assessores do presidente para defender a possibilidade de clemência antes da leitura da sentença em outubro.
Trump já havia declarado, em entrevista coletiva no fim de maio, que “ninguém pediu formalmente” o perdão e que ele não estava acompanhando o caso de perto, mas que “certamente olharia os fatos” se acreditasse que alguém havia sido maltratado. Ele também afirmou que, embora tivesse sido amigo de longa data de Combs, a relação esfriou após Trump entrar na política, e que isso não influenciaria sua decisão.
A relação pessoal entre Trump e Combs remonta aos anos 1990 e início dos anos 2000, período em que frequentemente foram fotografados juntos em eventos sociais. Na televisão, Trump chegou a se referir ao rapper como “bom amigo” durante uma edição de Celebrity Apprentice em 2012. Combs retribuiu os elogios em entrevistas antes de se aproximar de Joe Biden em 2020, chegando a declarar que “homens brancos como Trump precisam ser banidos” durante sua campanha presidencial. Por outro lado, o rapper Curtis “50 Cent” Jackson, antigo rival de Combs, expressou publicamente sua oposição ao perdão, afirmando que informará Trump de seu descontentamento.
Na mídia, comentaristas conservadoras como Megyn Kelly criticaram duramente qualquer possibilidade de clemência, apontando o histórico de Combs com alegações de abuso e alertando para possíveis repercussões políticas, especialmente entre mulheres jovens e eleitorado feminino do partido republicano.
Analistas jurídicos lembram que o perdão presidencial só se aplica a crimes federais — o que inclui os dois delitos pelos quais Diddy foi condenado, sob a Lei Mann — e que existe precedentes de perdões pré-sentença, como ocorreu no caso de Richard Nixon. Portanto, legalmente, essa opção está dentro do escopo dos poderes constitucionais de Trump.