Ana Paula Minerato tem sido alvo de críticas desde o fim de semana por suposta
falas racistas contra a cantora Ananda, do grupo Melanina Carioca. Tudo começou com uma gravação da conversa entre a loira e o ex, o rapper KT. Ela questiono sobre ele ter ficado com Ananda.

“A empregada [doméstica], a do cabelo duro. Você gosta de cabelo duro KT? Eu não sabia que você gostava de mina do cabelo duro”, começou ela. O rapaz ainda tentou interromper, sem sucesso: “Sua fala é bem…”, disse ele, mas foi impedido de continuar. “Você gosta de mina cabelo duro, de neguinha? Por isso ali é neguinha né, alguém ali um pai ou a mãe veio da África, tá na cara”, disparou.

Em uma nova tentativa, KT aconselhou: “Não tem problema, linda [as características da moça]. Você não sabe o ambiente que você está aí. Você tá falando isso aí em voz alta”, ponderou ele. Mas, Ana Paula Minerato se mostrou ainda mais enciumada: “Não tem problema? Sério? Por que você tem tanto cuidado com ela?”, questionou, sendo rebatida pelo ex: “Eu tenho cuidado com todo mundo, linda. De verdade, você não me conhece”, afirmou, calmamente.

No fim do bate-papo, ela proferiu mais falas preconceituosas: “Comigo você não teve, né? Nossa, mano, ela é feia, hein, tio? Car*lho, ela faixa de nega que ela usa é zoada, hein. Nossa, achei que ela era mais gatinha”, debochou. Nas redes sociais, as falas modelo, que também é destaque da Gaviões da Fiel foram reprovadas. “Fora do carnaval urgentemente!!!”, pediu outra. “Elas ficam p*tas por serem trocadas por uma mina negra ahahah. Acham inaceitável. O choro é livre, o racismo, não. Processo criminal nela!”, escreveu uma terceira. “Que nojo dessa mulher!!”, postou mais uma.

A cantora Ananda, ao saber, se pronunciou nas redes sociais e fez questão de esclarecer que irá tomar providências sobre as falas. “Não tenho medo de você, não. Agora você vai ver o que arrumou. O buraco vai ser mais embaixo. E tu vai quer aguentar. Não foi mulher para falar?”.

Ana Paula Minerato voltou a desfilar em 2022 na escola de samba Gaviões da Fiel, de São Paulo. Nesse mesmo ano, tinha como enredo abordar sobre a desigualdade social. O processo de escravidão foi um dos assuntos discutidos pela a escola, onde homens e mulheres negras eram explorados por senhores de engenhos, que enriqueciam com a força de trabalho.