O cantor de funk MC Poze do Rodo, nome artístico de Marlon Brendon Coelho Couto Silva, foi preso temporariamente pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, sob suspeita de associação com o tráfico de drogas e envolvimento em atividades ilícitas promovidas pela facção criminosa Comando Vermelho. A prisão ocorreu durante a Operação “Rifa Limpa”, conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que investiga a realização de rifas ilegais nas redes sociais, supostamente utilizadas para lavagem de dinheiro do tráfico.

Durante a operação, foram apreendidos diversos bens na residência do artista, localizada no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. Entre os itens confiscados estão veículos de luxo, como uma Land Rover e uma BMW X6, além de joias, relógios, celulares e tablets. A esposa de MC Poze, Vivianne Noronha, também é investigada por suposto envolvimento no esquema de rifas fraudulentas, que utilizavam parâmetros da Loteria Federal para conferir aparência de legalidade aos sorteios, mas sem auditoria oficial para verificar os ganhadores reais.

As autoridades apontam que MC Poze mantinha uma relação próxima com membros do Comando Vermelho, realizando apresentações em eventos promovidos pela facção em comunidades como o Complexo do Alemão e a Cidade de Deus. Esses shows seriam financiados pelo grupo criminoso, servindo como meio de lavagem de dinheiro e propaganda da organização.

Em resposta às acusações, MC Poze utilizou suas redes sociais para se manifestar, negando envolvimento com atividades ilícitas e criticando a ação policial. O cantor afirmou que a operação foi uma tentativa de desestabilizar sua carreira e que confia na Justiça para esclarecer os fatos. Ele também destacou seu trabalho social nas comunidades e o impacto positivo de sua música na vida de jovens em situação de vulnerabilidade.