Adolescente de 13 anos mata avó após ter celular retirado
Após o ataque, o adolescente fugiu para uma região de mata próxima e foi localizado horas depois, por volta das 19h, pela polícia militar e civil.

Um adolescente de apenas 13 anos foi apreendido em Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, após assassinar a própria avó e ferir o avô com disparos de arma de fogo. De acordo com a Polícia Civil e a Secretaria de Segurança Pública, o crime ocorreu depois que os avós retiraram o celular do jovem, que reagiu com violência extrema.
O garoto, que vive com os avós desde os sete anos — após a morte da mãe e com o pai morando em outro estado — buscou um revólver calibre .357, pertencente ao tio e guardado em um baú, que ele arrombou para ter acesso à arma. Em seguida, ele disparou contra o avô, acertando-o nas costas, e atirou cinco vezes contra a avó, atingindo seu peito e braços. A vítima veio a óbito no local. Mesmo ferido, o avô conseguiu reagir e travar luta corporal com o neto, conseguindo desarmá-lo.
Após o ataque, o adolescente fugiu para uma região de mata próxima e foi localizado horas depois, por volta das 19h, pela polícia militar e civil. Ele foi detido e atualmente está sob custódia em uma unidade da Justiça juvenil. A internação provisória, determinada pelas autoridades, é de 45 dias em um Centro de Socioeducação, conforme previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) — que estabelece penas de até três anos para casos de homicídio qualificado cometido por menores.
O delegado Ricardo Moraes Faria, responsável pelo caso, classificou a motivação como “fútil”: a proibição do uso do telefone, já que o adolescente acessava “conteúdo impróprio para sua idade”. Segundo o relatório policial, o menino viveu exclusivamente sob a tutela dos avós desde que perdeu a mãe, e havia se mudado do Mato Grosso para o Paraná recentemente.
O jovem responderá por ato infracional análogo a homicídio consumado, no caso da avó, e tentativa de homicídio em relação ao avô. Todo o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público e ao Judiciário, e seguirá na Justiça da Infância conforme o ECA.