Analista processa empresa após ser mordido pelo próprio cachorro em home office
O funcionário alegou que a empresa deveria tê-lo orientado sobre os riscos de manter animais de estimação no ambiente de home office.

Um analista operacional sênior da Vale buscou indenização após sofrer uma lesão no joelho enquanto trabalhava remotamente em sua residência. O incidente ocorreu quando seu cachorro, que descansava sobre sua perna, fez um movimento brusco, resultando em uma torção no joelho esquerdo que exigiu intervenção cirúrgica.
O funcionário alegou que a empresa deveria tê-lo orientado sobre os riscos de manter animais de estimação no ambiente de home office e solicitou uma indenização de R$ 200 mil por danos morais e materiais. O caso foi inicialmente julgado pela Vara do Trabalho de Senhor do Bonfim, e ganhou muita repercussão devido à polêmica.
A juíza substituta Flávia Muniz Martins negou o pedido de indenização. Ela argumentou que o ambiente doméstico é de responsabilidade do próprio trabalhador e que não havia relação direta entre a atividade profissional e o acidente sofrido. Além disso, uma perícia constatou que o empregado possuía uma condição preexistente, discopatia degenerativa, e que a lesão no joelho não estava relacionada às suas funções laborais.
O trabalhador recorreu da decisão, mas a 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA) manteve o entendimento de primeira instância. O desembargador José Cairo Júnior, relator do caso, considerou a tentativa de responsabilizar a empresa como “inusitada e desprovida de qualquer fundamento jurídico razoável”.