Brasileiros se revoltam com Justiça espanhola após absolvição de Daniel Alves
Tribunal Superior da Catalunha anulou condenação de estupro do ex-jogador a uma jovem em uma discoteca em Barcelona em 2022.

A absolvição de Daniel Alves, acusado de estupro por uma mulher de 23 anos, gerou polêmica nas redes sociais nesta sexta-feira (28/3). Muitos internautas brasileiros usaram o X (antigo Twitter) para criticar a decisão da Justiça espanhola, que anulou as provas contra o ex-jogador. “Pelo visto não é só a Justiça do Brasil que é uma piada, a da Espanha também é. Absolveram o Daniel Alves pelo testemunho da vítima não ser o suficiente, mas as quinhentas versões diferentes do Daniel Alves é mais que suficiente”, comentou um usuário.
A Justiça espanhola, por decisão unânime do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha, afirmou que as provas não sustentavam a culpa de Alves no caso da suposta agressão sexual a uma jovem em uma boate em 31 de dezembro de 2022. A sentença de primeira instância foi considerada cheia de “lacunas, imprecisões e contradições”. Como resultado, todas as medidas cautelares contra o ex-jogador foram revogadas.
“Eu não acredito que absolveram o Daniel Alves com a desculpa que o depoimento da vítima é ‘insuficiente’. Porra, ser mulher nesse mundo é insalubre”, lamentou uma pessoa. Outro usuário relembrou falhas de outros casos judiciais: “Daniel Alves não é inocente, foi inocentado pela mesma Justiça que não consegue punir quem comete racismo contra o Vinícius Júnior.”
A decisão foi tomada após o Ministério Público espanhol pedir uma pena de 9 anos, mas ele havia sido condenado a 4 anos e 6 meses. Alves respondia em liberdade, após pagar fiança de 1 milhão de euros (aproximadamente R$ 5,4 milhões). O Tribunal apontou que o depoimento da vítima não era confiável, mencionando a “falta de correspondência com a realidade” e inconsistências no seu relato. Além disso, a jovem havia negado o ato sexual, que, por exames de DNA, foi confirmado como com “altíssima probabilidade”.
A sentença de apelação também questionou a falta de provas periciais para apoiar a acusação. A decisão foi assinada pelas magistradas María Àngels Vivas, Roser Bach, María Jesús Manzano e o magistrado Manuel Álvarez.