Em um mundo onde o desejo por tecnologia de ponta cresce a cada ano, uma clínica de estética no Laos, no Sudeste Asiático, chocou a internet ao sugerir uma troca inusitada: um rim por um iPhone 14. A campanha publicitária mostrava três jovens sorridentes segurando seus novos celulares enquanto exibiam curativos na região abdominal, como se tivessem acabado de passar por uma cirurgia de retirada de órgãos.

A propaganda rapidamente viralizou e gerou reações furiosas nas redes sociais. Alguns usuários encararam como piada, enquanto outros se revoltaram, levantando discussões sérias sobre os limites éticos da publicidade e a vulnerabilidade de pessoas de baixa renda a esse tipo de mensagem. O caso chamou tanta atenção que as autoridades locais foram acionadas e determinaram a remoção da postagem.

Embora a clínica tenha alegado que tudo não passava de uma brincadeira, especialistas alertaram para os perigos desse tipo de abordagem. Em países onde a desigualdade econômica é acentuada, campanhas como essa podem normalizar práticas extremamente arriscadas. O medo não é infundado: em 2011, um adolescente chinês vendeu um rim no mercado negro para conseguir comprar um iPhone e um iPad, um caso que até hoje é lembrado como um exemplo extremo do impacto da obsessão pelo consumo.