Em meio a uma onda de demissões no SBT, dois importantes nomes da direção da emissora se despedem nesta semana: Murilo Fraga, ex-diretor de planejamento de programação, e Ariel Jacobowitz. Desde o falecimento de Silvio Santos, a nova gestão vem enfrentando grandes dificuldades para evitar um rombo milionário até o fim do ano.

Murilo Fraga anunciou sua saída nesta segunda-feira (30), após 38 anos de trabalho na emissora, sendo 15 deles como diretor de planejamento. Sua demissão foi voluntária, ao contrário de Ariel, que foi desligado por não apresentar resultados satisfatórios em um momento em que o SBT precisa urgentemente reduzir custos.

No caso de Fraga, o motivo de sua saída foi a mudança na gestão da emissora, que, sem Silvio Santos, precisa passar por uma reestruturação para sobreviver. O ex-diretor optou por se afastar para se dedicar a “novos desafios e projetos pessoais“, conforme declarou o comunicado oficial sobre o fim do contrato.

A demissão de Ariel Jacobowitz, por outro lado, foi mais polêmica. O ex-diretor, que tinha mais de 20 anos de casa e já trabalhou com figuras como Hebe Camargo e Eliana Michaelichen, vinha recentemente atuando no programa Chega Mais, cuja participação acabou marcando o fim de sua trajetória na emissora.

De acordo com fontes, o programa, lançado em 11 de março, já estava causando sérios problemas para o SBT, com índices de audiência constantemente preocupantes. Após a saída de Eliana, Ariel assumiu a responsabilidade de “salvar” o programa. Contudo, sem conseguir reverter a situação e diante do fracasso de sua gestão, a emissora decidiu também encerrar seu contrato.

Em nota oficial, a emissora informou: “São Paulo, 1º de outubro de 2024 – A Assessoria de Comunicação informa que o SBT e Ariel Jacobowitz decidiram, em comum acordo, encerrar o contrato entre as partes. O diretor seguirá agora para novos projetos pessoais em sua carreira. O SBT expressa profunda gratidão por seu trabalho e agradece toda a dedicação, profissionalismo e comprometimento ao longo dos últimos 20 anos […]“.