DJ é preso por ameaçar e publicar vídeos íntimos de ex
Em estado de pânico, a vítima procurou a 20ª DP para relatar a continuidade das ameaças, mesmo já estando protegida por ordem judicial.

Um produtor musical e DJ foi detido pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, após uma série de denúncias envolvendo violência digital e psicológica contra sua ex-namorada. A prisão foi efetuada por agentes da 20ª Delegacia de Polícia (Vila Isabel), que já vinham investigando o caso a partir de relatos da vítima e provas recolhidas em ambiente virtual.
Segundo as investigações, o acusado perseguiu a ex-companheira mesmo após o término do relacionamento e a existência de uma medida protetiva expedida pela Justiça. Ignorando a proibição legal de contato, ele iniciou uma campanha de intimidação online, publicando imagens íntimas da vítima — algumas delas alteradas digitalmente para aumentar a exposição vexatória — nas redes sociais e em um site criado exclusivamente para esse fim.
Esse tipo de conduta é considerado crime grave no Brasil, especialmente após a aprovação da Lei nº 13.718/2018, que tipifica a divulgação não consentida de imagens íntimas como violência sexual. Além da exposição pública das imagens, o DJ enviou mensagens com ameaças explícitas tanto para a ex-companheira quanto para a mãe dela.
Os conteúdos das mensagens, enviadas por telefone e WhatsApp, incluem frases como “Vou destruir a sua vida” e “Você vai morrer, o Comando Vermelho tá no seu pé”. Em um dos trechos mais alarmantes, o suspeito afirma ter repassado o endereço da família da vítima a membros de facções criminosas, o que elevou o risco à integridade física dos envolvidos.
A vítima, em estado de pânico, procurou a 20ª DP para relatar a continuidade das ameaças, mesmo já estando protegida por ordem judicial. A delegada Camila Lourenço, responsável pelo caso, destacou a postura desafiadora do acusado diante das autoridades. “Mesmo após tomar conhecimento do registro da ocorrência, o investigado não demonstrou qualquer receio. Chegou a afirmar que a Polícia Civil poderia procurá-lo, pois ele não se intimidaria e continuaria com as ameaças”, afirmou a delegada em nota.