O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou na quinta-feira (26/6) que determinou ao Ministério das Relações Exteriores que providencie o translado do corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que morreu após uma queda durante trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia.

Em mensagem publicada no X (antigo Twitter), Lula informou que conversou por telefone com Manoel Marins, pai de Juliana, prestou solidariedade e garantiu que a equipe do Itamaraty prestará “todo o apoio à família, o que inclui o translado do corpo até o Brasil”.

Na quarta-feira, o Itamaraty havia afirmado que não poderia arcar com os custos do transporte do corpo, citando o § 1º do artigo 257 do Decreto nº 9.199/2017, que isenta o governo dessa responsabilidade, salvo em casos humanitários excepcionais. A decisão de Lula mudou esse entendimento, que vinha sendo criticado por parlamentares e manifestantes — e chegou a ser questionado diante do precedente envolvendo o resgate da ex-primeira-dama peruana Nadine Heredia.

Enquanto isso, a Prefeitura de Niterói (RJ), cidade natal de Juliana, informou que custeará o translado do corpo, que foi resgatado na quarta-feira (25/6), após sete horas de operação, e será levado para Bali nesta quinta para passar por autópsia. O exame deverá esclarecer a causa e data da morte.

Juliana, que fazia um mochilão pela Ásia desde fevereiro — passando por países como Vietnã e Tailândia —, sofreu uma queda de cerca de 600 metros durante uma trilha no vulcão, segundo informações das autoridades indonésias. Seu corpo foi localizado apenas após quatro dias de buscas intensas.

Lula citou a legislação, mas optou por reforçar o apoio à família em um momento de dor, assumindo o custo do translado. Resta agora a confirmação dos trâmites diplomáticos e logísticos e a definição do velório e sepultamento em Niterói.