Uma mulher foi presa em Seropédica, na Baixada Fluminense, suspeita de envolvimento em uma série de crimes cometidos contra pacientes em uma clínica terapêutica clandestina que funcionava em Magé, município vizinho. Segundo informações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, a detida seria uma das responsáveis por abusos físicos, psicológicos e sexuais praticados dentro da unidade, que já havia sido interditada anteriormente.

De acordo com as investigações, a mulher chegou a ser internada como paciente na clínica, mas acabou promovida à função de coordenadora, mesmo sem formação adequada. Nessa posição, ela teria passado a administrar medicamentos de forma irregular e a impor punições físicas aos internos como parte de uma rotina de violência e controle.

A prisão foi efetuada por equipes das delegacias de Magé e Piabetá, que vinham monitorando o caso há dois meses. A apuração começou após denúncias de ex-pacientes, que relataram episódios graves de maus-tratos e privação de liberdade. Embora a clínica tenha sido fechada, as autoridades seguiram acompanhando os passos dos envolvidos, o que possibilitou identificar outros locais onde parte do grupo criminoso continuava atuando.

Além da mulher detida, há pelo menos três outros suspeitos sendo procurados. Conforme os investigadores, todos faziam parte de um mesmo esquema que explorava vulnerabilidades de pessoas em situação de sofrimento psíquico. A Justiça expediu quatro mandados de prisão com base nas provas reunidas ao longo da investigação.

Segundo o portal IG, a mulher responderá por crimes como estupro, maus-tratos, cárcere privado e associação criminosa. A polícia segue em busca dos demais envolvidos e apura se outras unidades clandestinas mantêm vínculos com o grupo.