A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decretou a proibição sobre o uso do “chip da beleza” nesta semana, visando aumentar a segurança dos pacientes que recorrem a tratamentos estéticos sem respaldo científico. Esse implante hormonal, que ganhou popularidade entre celebridades e influencers, vinha sendo associado a riscos graves à saúde, o que levou a Anvisa a tomar a decisão de suspendê-lo.

Entre as motivações da medida estão denúncias de complicações sérias em pacientes, incluindo hipertensão, arritmias, infartos e AVCs. Esses implantes são manipulados por farmácias de acordo com fórmulas que contêm hormônios controlados, como gestrinona, testosterona e oxandrolona — substâncias reguladas pela lista C5 da Portaria/SVS 344/1998.

O uso do método é associado a efeitos colaterais significativos, como aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos, insônia, crescimento excessivo de pelos, queda de cabelo e até alterações na voz. Os críticos do “chip da beleza” também apontam para a ausência de comprovação científica sobre sua segurança e eficácia quando utilizado para fins estéticos.

De acordo com a Anvisa, muitos profissionais aplicavam o tratamento sem regulamentação, aumentando os potenciais riscos à saúde pública. O implante, colocado sob a pele no braço ou glúteo, é promovido por seus efeitos estéticos, como emagrecimento, aumento da libido e ação antienvelhecimento. Algumas grandes figuras do entretenimento já afirmaram usar ou até mesmo vender o hormônio, como: Virginia Fonseca e Patrícia Ramos.