Atualmente, muitos astrônomos já não debatem mais se há vida em outros lugares do Universo. A questão que predomina entre os especialistas é quando essa descoberta será feita. Otimistas, alguns cientistas acreditam que a detecção de sinais de vida em mundos distantes poderá acontecer ainda durante a vida das gerações atuais, possivelmente nos próximos anos.

Um dos exemplos mais expressivos dessa convicção vem de um pesquisador que lidera uma missão para explorar Júpiter. Ele afirmou que seria surpreendente se não existisse vida em uma das luas geladas do planeta. A busca por vida no Universo ganhou impulso com as novas tecnologias. Atualmente, telescópios têm a capacidade de analisar as atmosferas de planetas que orbitam estrelas distantes, em busca de sinais químicos que, na Terra, são associados à presença de organismos vivos.

Recentemente, foi detectado um possível indício desse tipo: traços de um gás, produzido em nosso planeta por organismos marinhos simples, foram encontrados na atmosfera do exoplaneta K2-18b, localizado a 120 anos-luz de distância. Esse planeta situa-se na chamada “zona Cachinhos Dourados”, que corresponde à região ao redor de uma estrela onde as temperaturas permitem a existência de água líquida na superfície — condição considerada essencial para sustentar vida.

A equipe responsável pela descoberta espera confirmar em cerca de um ano se os sinais realmente indicam atividade biológica. Paralelamente, outros projetos significativos estão em andamento. Alguns focam na busca por vida em planetas e satélites dentro do Sistema Solar, enquanto outros miram o espaço profundo.

Entre as iniciativas mais aguardadas está o Observatório de Mundos Habitáveis (HWO), desenvolvido pela NASA e previsto para entrar em operação na década de 2030. Equipado com um escudo solar de alta tecnologia, o telescópio será capaz de identificar e estudar atmosferas de planetas semelhantes à Terra, minimizando o brilho intenso das estrelas ao redor.

Ainda nesta década, o Telescópio Extremamente Grande (ELT) começará suas operações no deserto do Chile. Com um espelho de 39 metros de diâmetro — o maior já construído —, ele oferecerá uma visão detalhada das atmosferas planetárias, contribuindo para o avanço das investigações sobre a existência de vida, nos deixando cada vez mais próximos da maior descoberta da humanidade.