A grande final do Big Brother Brasil 25, realizada no dia 22 de abril, mal terminou e já gerou uma intensa onda de críticas nas redes sociais. O motivo: a polêmica vitória de Renata Saldanha sobre Guilherme Vilar. Embora Renata tenha levado o prêmio de R$ 2,92 milhões com 51,90% dos votos totais, o pernambucano Guilherme conquistou a maioria no chamado “voto único”, onde é permitido apenas um voto por CPF.

De acordo com os dados divulgados pelo Gshow, Guilherme obteve 51,40% dos votos nessa modalidade, enquanto Renata ficou com 42,38%. A diferença nos votos totais, no entanto, foi de apenas 8,52%, uma das mais apertadas da história do programa — menor que essa, só a registrada no BBB 9.

O sistema de votação atual, adotado desde o BBB 24, combina dois modelos: o voto único por CPF e o chamado “voto da torcida”, no qual os fãs podem votar quantas vezes quiserem. A intenção da emissora era equilibrar o poder das grandes torcidas organizadas com a vontade dos telespectadores mais casuais. No entanto, o resultado da final reacendeu críticas sobre a eficácia e a justiça desse sistema.

A repercussão nas redes foi imediata. Muitos usuários questionaram a legitimidade da vitória de Renata, alegando que o voto da torcida permite a manipulação em massa por meio de automações e mutirões digitais. Guilherme, por sua vez, se autoproclamou “campeão do povo”, apoiado pelos números expressivos no voto único.

Diante da repercussão negativa, a TV Globo marcou uma reunião interna de avaliação para a quinta-feira (24), com o objetivo de discutir possíveis mudanças no sistema de votação para o BBB 26. Segundo o jornalista Alessandro Lo-Bianco, a direção do reality reconheceu a necessidade de rever o formato e restaurar a credibilidade da escolha do campeão junto ao público.

Uma das propostas em discussão é a adoção de um sistema híbrido mais restritivo, combinando o voto por CPF com uma limitação de votos por IP. A ideia seria impedir que torcidas com estruturas automatizadas dominem o processo de votação, o que reduziria o impacto dos mutirões e tornaria o jogo mais democrático.

O momento é delicado para a Globo. Além da polêmica no sistema de votação, o BBB 25 registrou a pior audiência de final da história do programa, com apenas 16,1 pontos de média no Ibope — um número inferior até mesmo à final do BBB 23, que teve 19,5 pontos. A queda na audiência também está sendo considerada na reformulação da próxima edição.

Enquanto isso, as inscrições para o BBB 26 já estão abertas, mas o canal sinaliza que poderá haver mudanças significativas na estrutura do programa — e, principalmente, na forma como o público participa da decisão final.