Artista plástico revela ter sido enganado por Neymar e sua equipe
Quevedo produziu uma pintura chamada "Neymar The Clown", que retratava o jogador como uma fusão dos personagens Batman e Coringa

O que começou como um presente em forma de homenagem para um dos maiores ídolos do futebol brasileiro acabou se transformando em motivo de grande frustração para o artista plástico Fernando Quevedo. Em um vídeo divulgado pela coluna de Fábia Oliveira, do Metrópoles, Quevedo detalhou sua experiência com Neymar e sua equipe, relatando episódios que o deixaram, segundo ele, injustiçado e desvalorizado como artista.
Tudo começou em 2019, quando Quevedo produziu uma pintura chamada “Neymar The Clown”, que retratava o jogador como uma fusão dos personagens Batman e Coringa. Ele relembra que a equipe de Neymar entrou em contato afirmando que o jogador havia gostado muito da obra e questionando se ela estava à venda ou se era um presente. O artista decidiu presentear Neymar, esperando que isso servisse como uma oportunidade de reconhecimento e divulgação de seu trabalho.
Entretanto, a pintura acabou se tornando o foco principal de uma série documental da Netflix sobre a vida do jogador. Quevedo afirma que assinou um contrato cedendo os direitos de imagem de sua obra para o que seria apenas uma breve aparição em um documentário. No entanto, a pintura foi amplamente explorada pela produção, aparecendo no trailer, em diversas cenas, compondo o cenário e até mesmo na capa da série.
“o uso foi muito mais intenso do que o que estava previsto no e-mail. E, além disso, a série se tornou um sucesso global da Netflix. Para piorar a situação, eu entrevistei o diretor da série, David Charles, e ele confirmou que minha obra foi a principal inspiração para a criação dessa série”, disse Quevedo no vídeo.
Após esse episódio, Quevedo foi procurado novamente pela equipe de Neymar para a produção de uma segunda obra. Dessa vez, ele pintou o jogador como o Homem-Aranha. No entanto, o acordo acabou gerando mais problemas. O artista relata que estipulou um valor de 10 mil dólares pela obra, mas a equipe do jogador teria alegado que não havia nenhum acerto financeiro.
Ainda assim, o motorista de Neymar foi buscar a pintura, e Quevedo aguardava a divulgação prometida nas redes sociais do atleta, o que nunca aconteceu. “Me senti usado e desvalorizado como artista. É muito frustrante porque, além de dedicar meu tempo e esforço à arte, acredito que os artistas devem ser valorizados”, desabafou.
Quevedo enfatizou que não deseja gerar polêmicas ou manchar a imagem de Neymar, que ele considera um ídolo, mas espera que sua história seja ouvida e que, de alguma forma, a justiça seja feita. “A arte é minha paixão, e eu dedico muito tempo e esforço em cada obra. É fundamental que os artistas sejam respeitados”, finalizou.