O envelhecimento precoce dos dentes é um problema pouco falado, mas que pode comprometer a saúde bucal e a qualidade de vida de muitas pessoas. Chamado de Síndrome do Envelhecimento Precoce Bucal, esse desgaste acelerado dos dentes e das estruturas da boca pode levar à sensibilidade extrema, perda do esmalte dentário, fraturas e até à perda dos próprios dentes, colocando muitos jovens de 20 a 30 anos com a saúde bucal semelhante a de idosos.

Embora pareça algo distante para muitos, essa condição tem se tornado cada vez mais comum e pode ser resultado de uma combinação de fatores que vão desde hábitos prejudiciais até questões genéticas. Um dos principais causadores do desgaste precoce dos dentes é o bruxismo, o ato inconsciente de ranger ou apertar os dentes, especialmente durante o sono.

Esse hábito, frequentemente associado ao estresse e à ansiedade, pode exercer uma pressão intensa sobre os dentes, levando à sua deterioração com o tempo. Além disso, a alimentação tem um papel fundamental no desgaste do esmalte dentário. O consumo frequente de alimentos ácidos, como refrigerantes, café, vinho e frutas cítricas, pode corroer gradualmente a estrutura dos dentes, tornando-os mais frágeis e suscetíveis a danos.

A falta de cuidados adequados com a higiene bucal também contribui significativamente para esse problema. Escovação irregular, uso inadequado do fio dental e a ausência de visitas regulares ao dentista favorecem o acúmulo de placa bacteriana, abrindo caminho para cáries e inflamações gengivais que, a longo prazo, comprometem a saúde bucal.

Além desses fatores, questões genéticas e condições de saúde, como distúrbios hormonais e doenças autoimunes, podem tornar algumas pessoas naturalmente mais propensas a desenvolver esse tipo de desgaste dentário antes do tempo esperado. Os sinais do envelhecimento precoce da boca podem ser percebidos no dia a dia:

Se os dentes começam a ficar mais sensíveis a alimentos quentes ou frios, apresentam um aspecto mais curto e desgastado ou se há dor na mandíbula ao acordar, esses podem ser indícios de que algo está errado. O diagnóstico deve ser feito por um dentista, que poderá avaliar a gravidade do problema por meio de exames clínicos e, se necessário, radiografias para verificar possíveis danos mais profundos.