Lista Suja: saiba em que condições viviam funcionários de Leonardo
Alojados em uma casa abandonada, sem acesso a água potável, eletricidade ou instalações sanitárias

O cantor Leonardo se pronunciou na noite desta segunda-feira sobre as acusações de submeter seus funcionários a um trabalho análogo à escravidão. Após ter dito que se “surpreendeu” com a inclusão de seu nome na Lista Suja do Ministério do Trabalho e Emprego, negou completamente que tenha algum tipo de vínculo com o modo de trabalho e condições de vida de seus empregados.
Apesar das negações, vamos aos fatos. Primeiro, fato é que as fiscalizações de novembro de 2023 mostraram seis funcionários, incluindo um jovem de 17 anos, vivendo como animais dentro da milionária fazenda de Leo; segundo, já com quase um ano desde a inclusão de seu nome e a fiscalização mesma, o cantor não se pronunciou.
A Fazenda Talismã, localizada no município de Jussara (GO), a cerca de 220 quilômetros de Goiânia, tem valor estimado em R$ 60 milhões. O Ministério do Trabalho e Emprego classificou como “escravidão contemporânea” após relatórios que apontam uma série de irregularidades e precariedades nas condições oferecidas aos trabalhadores:
Eles estavam alojados em uma casa abandonada, sem acesso a encanamento, água potável, eletricidade ou instalações sanitárias. As camas eram improvisadas com tábuas de madeira, e galões de agrotóxicos eram usados como colchões. O local era insalubre, com mau cheiro e presença de insetos e morcegos. Até o momento, Leonardo, proprietário da fazenda, não se pronunciou sobre o ocorrido, apesar das cobranças por esclarecimentos.
